Pois é, acabou outro ano. Foi bom pra você? Conheceu novas pessoas? Ficou bêbado pelo menos uma vez? Riu? Chorou? Teve alegrias e decepções? Ensinou algo para alguém? Aprendeu? Eu espero que sim. Porque eu aprendi.
Aprendi que a máxima “tem hora pra tudo” realmente é válida. Tem hora pra tudo. E, acreditando nisso, tive coragem de ter deixado de lado o que eu lutei por três anos para alcançar: o curso de jornalismo. Mas assim, foi bom. O ano começou muito foda pra mim, com muitas coisas a serem feitas no trabalho, e minha maior prioridade para 2006 foi ganhar dinheiro. Então, a universidade de certa forma estava me atrapalhando, e eu também não queria terminar o curso de qualquer jeito, fazer as últimas disciplinas pelas coxas, como já havia sido nos três primeiros anos. Não. Um passo de cada vez. E deu certo. Passei o ano ganhando meu dinheiro, preparando meu tcc, para que o último ano na faculdade seja mais tranqüilo e eu possa falar que meu trabalho está sendo feito quando ele realmente está sendo feito. A meta agora é me formar e cair fora. Alguns cursos em São Paulo, algumas ajudas na elaboração da monografia, e vamos ver o que vai dar. Estou muito satisfeito com o trabalho que vem sendo feito.
Falando em São Paulo, aprendi que sou um paga pau pra terra da garoa. Sim, adoro aquela cidade, como poucos. Não sou trouxa de não saber o que ela tem de ruim, mas também não sou cego para não enxergar o que ela pode me proporcionar de bom. Ainda mais pra mim. Eu sou um cara urbano, que gosta de viver em cidade grande, não sou adepto a sítios, chácaras, praias e afins. Para a praia faz mais de quinze anos que eu não vou, e não sinto falta alguma. Coisa de trouxa? Pode ser, mas, fazer o quê...
Aprendi ainda, com este ano que se encerra, a beber. Minha nossa, como eu bebi esse ano. Mas esse aprendizado já está com os dias contados, pois percebi que meu pânceps, que já era grande, ficou maior ainda em 2006. Então, o mínimo possível de cerveja, refrigerante e comida de agora em diante. Vou ter que dar uma de Hugo e passar as noites comendo frutas saudáveis, ao invés de lanches gordurosos (ê bahiano, só uma vez ou outra agora hein).
Don Corleone me ensinou foi que você tem que para ser um homem de verdade, tem que respeitar a família e que você não deve expor seus pensamentos para quem não tem sua confiança (essa poderia ter vindo com um ano de antecedência). Me ensinou a ser mais frio, mais calculista. Muito bom isso. Vocês não sabem o respeito que você adquire dessa forma.
A Gaviões da Fiel me ensinou que não compensa gastar a garganta pra falar mal do time adversário; ser for fritar o gogó, grite Corinthians que o incentivo será maior. Ou seja: não há porque ficar falando mal dos outros, enquanto suas qualidades ficam escondidas. Mostre o que você é capaz de fazer e deixe os outros de lado. O Corinthians me ensinou que só nome não produz vitórias, e com o Muzilli eu aprendi a cuidar melhor da minha carteira, o John e a Margareth me ensinaram que as coisas não podem ser tão programas para serem realizadas e a Isa me ensinou que é preciso dar a cara à tapa às vezes para conseguir o que se deseja.
Enfim, muitos aprendizados, alguns ensinamentos, muitas alegrias e poucas decepções. Resumindo, um bom ano.
2006 vai acabar um pouco diferente de 2004 e 2005. Não terei pra quem abrir uma Brahma geladíssima ou mesmo ir pra rodoviária tomar um suco às seis da manhã. Nem ver os belíssimos fogos de (acreditem) Rancho Alegre enquanto acompanho o amigo secreto dos italianos. Vou ficar em casa mesmo. Não que eu não vá comemorar, longe disto.
Afinal de contas, começa um novo ano, novas pessoas a conhecer, novas risadas, choros... a vida segue.